É preciso manter um certo aprumo. Viver todos os dias como só houvesse hoje. Mesmo que o dia de hoje não seja brilhante. Não há dinheiro para comprar sapatos. Não há dinheiro para nada e nem só de promessas vive um homem. Estivemos muitos anos a viver do crédito, dizem eles. Eu agora vivo do crédito das minhas próprias emoções. Espero que os juros do medo não subam demasiado alto. Rezo para que o meu vazio não veja o seu spread aumentado. Espero que as agências de notação emocional não dêem um A- ao Francisco Trigo de Abreu. Entretanto, sigo a onda. Digo que está tudo bem mesmo que não esteja. Não invento, navego à vista. Uma pequena alegria aqui e acolá. Muita austeridade. Faz-se o que se pode e a mais não somos obrigados. Tudo com um certo aprumo. Mesmo de sapatos rotos.
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